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POEMA/PROCESSO DE LAÉRCIO BEZERRA
(de Natal), quando residia no Rio,
em 1967.
Não, não éramos livres.
O governo militar, subordinado aos interesses
políticos e econômicos dos States,
ditava suas normas autoritárias
em nome da "democracia" e do Tio Sam.
Mais um exemplo da relação do nosso movimento
com a agitação política dos anos 60:
o poema/processo, a rigor, nasceu sob o signo da politicidade.
No lugar de Max Bense, privilegiávamos Louis Althusser.
Líamos Foucault, Marx, Engels e Lênin - e não Peirce.
Admirávamos os cinemas de Godard,
Buñuel, Eisenstein, Vertov e Glauber Rocha
- e não os filmes de Hollywood (com algumas raras exceções).
A História e a Antropologia nos diziam mais do que a Sociologia.
O Poema e a Nova Arte nos diziam mais do que a Poesia.
Preocupávamos em atingir os poetas da América Latina
e do interior do Brasil, e não os poetas da Suiça,
da Inglaterra, do Japão ou da Alemanha.
3 comentários:
BRAVO!BRAVO!
Beijos.
É isso! Viva a arte engajada. Viva!
Adoro liberdade de expreção, por isso parabeniso o poema/processo.
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